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Culpa, ódio e hospital: um estudo de caso segundo a visão winnicottiana

        O presente artigo apresenta um estudo de caso realizado por meio de um estágio supervisionado em psicologia hospitalar. Trata-se do favorecimento da elaboração de uma situação de culpa e ódio entre uma paciente e sua acompanhante, atendidas por um estagiário no contexto hospitalar, à luz da psicanálise winnicottiana. São mostrados as possibilidades e os limites da intervenção psicológica e ressaltadas as formas pelas quais a intervenção pode ser realizada, de modo a favorecer o amadurecimento pessoal sem ser invasiva e respeitando a singularidade dos sujeitos atendidos.

1) Família, hospital e Édipo: um estudo de caso segundo a visão winnicottiana.

O psicólogo inserido no contexto hospitalar deve ser capaz de desenvolver ações de assistência, pesquisa e ensino. No âmbito da assistência, o psicólogo atende aos  pacientes e seus familiares nos diferentes contextos do hospital, além de participar no assessoramento das equipes de saúde para demarcar quais são as melhores formas de conduzir e tratar determinado paciente (Tonetto & Gomes, 2007).

Nesse sentido, Romano (1999) aponta que o psicólogo pode avaliar quais rotinas estão distorcidas e tentar corrigi-las, além de detectar reações que são indesejáveis, a fim de preveni-las junto com a equipe hospitalar.

Antes mesmo de qualquer intervenção direta com o paciente, o psicólogo hospitalar necessita compreender aquilo que está para além da própria aparência dos fenômenos referidos a determinado indivíduo, levando em consideração os acontecimentos que estão presentes na vida dele e a forma como ele os experienciou.
Não somente atribuições teóricas são fundamentais em seu olhar, mas todo um conjunto percepto-compreensivo da própria condição daquele que apresenta a si mesmo e a seu universo subjetivo no processo de (re)construção de sua identidade e biografia existencial (Mota, Martins & Veras, 2006). Como aponta Favilli (2004), isso ocorre em função de o ser humano ser um sistema complexo, no qual a sintomatologia física, os afetos e o modo de sentir e tratar o próprio pensamento são vivenciados de forma particular e única. Visto que cada indivíduo é único em seu corpo e mente, ele vive de forma singular suas diferentes relações.

Acesse o artigo completo aqui.

AUTORES:

André Augusto Rossi
Mestre em psicologia pela Universidade São Francisco (USF)
E-mail: andreaugustorossi@hotmail.com

Silvia Mayumi Obana Gradvohl
Doutora em ciências da saúde pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e docente do curso de psicologia da Universidade São Francisco (USF)
E-mail: silviagradvohl@gmail.com