A ansiedade vista pela abordagem Existencial–Fenomenológica

A finalidade da ansiedade é proteger-nos dos perigos que ameaçam a nossa existência . Ela não pode ser evitada, mas pode ser reduzida a níveis normais e ser usada para aumentar a consciência, vigilância, criatividade e gosto pela vida.

Quando nos sentimos ansiosos, geralmente significa que algo não está bem em nossa vida, nas relações interpessoais; ela pode ser um sinal para nos questionarmos e buscarmos uma saída.

Um pessoa com ansiedade neurótica busca fugir de alguns elementos dentro de si mesma, servindo para encobrir o conflito, evitando o confronto. Como exemplo: diríamos que a ansiedade funciona no organismo como a febre – uma luta dentro da pessoa e uma indicação que ainda não ocorreu uma desintegração mais séria na personalidade do individuo.

Entendemos como ansiedade neurótica, o resultado de experiências desastrosas, geralmente na infância, do enfrentamento de situações ameaçadoras, nas quais a pessoa foi forçada e não conseguiu superar tais circunstâncias.

Na medida em que uma pessoa consegue enfrentar construtivamente as experiências de ansiedade cotidiana, ela está preparada e convencida de que os valores a serem ganhos, quando se vai em frente, são maiores do que os obtidos pela fuga.

Escreve Kierkegaard: “só aquele que foi educado na ‘escola da ansiedade’ – isto é – , se defrontou e resolveu experiências anteriores de ansiedade – está apto a enfrentar as experiências presentes e futuras de ansiedade, sem ser por elas derrotado.”

Autor: Luciane Rossi Alves

* Texto baseado no livro “O significado de ansiedade” de Rollo May – Ed. Psyche

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